ESPOROTRICOSE EM EQUINOS
Mais
uma doença da série clínica de grandes
INTRODUÇÃO
A
esporotricose é uma micose zoonótica de evolução subaguda a crônica, causada
por fungos do complexo Sporothrix schenckii que afetam principalmente a pele de
animais e humanos.
Os
fungos do complexo S. schenckii estão amplamente distribuídos na natureza
especialmente, em zonas de clima temperado e tropical, sendo encontrados em
solos ricos em matéria orgânica, cascas de árvores e vegetais em decomposição.
EPIDEMIOLOGIA
Os
seres humanos é a espécie mais acometida desta doença no brasil, sendo raros os
casos em animais(cães, gatos e equinos). Nos EUA, em Ithaca (New York), dentre
900 equinos dermatopatas atendidos (1979-2000), situava-se como a 68ª dermatite
equina.
A
esporotricose é transmitida por meio do meio ambiente e penetração traumática
na pele, visto que os fungos estão presentes em felpas de madeira, espinhos de
plantas e material vegetal contaminado.
PATOGENIA
A
micose pode ser classificada em cutânea ou extra-cutânea, sendo as formas
cutâneas de maior ocorrência em animais e humanos. A forma cutânea pode ser
subdividida em cutânea fixa, linfocutânea ou linfangite ascendente e cutânea
disseminada. Já as formas extra-cutâneas são: pulmonar, articular, óssea,
conjuntival e sistêmica. As formas cutânea fixa e linfocutânea são de maior
ocorrência em cães e a forma cutânea disseminada e extracutânea envolvendo
ossos, articulações e pulmões, assim como a forma sistêmica, tem sido descritas
com mais frequência em felinos.
Nos
equinos, a forma clínica corriqueira é a cutâneo-linfática, ascendendo a partir
da porta de entrada (membros torácicos ou pélvicos: boletos; escápula; cadeira;
períneo) via trajeto linfático.
SINAIS
CLÍNICOS
Os
sinais clínicos em equinos manifestam-se através de nódulos indurados, morfologicamente
com aspecto encordoado, levando ao clássico sinal dermatológico do “rosário
esporotricótico”. Tais nódulos, indolentes e apruriginosos, podem assumir
aspecto ulcero gomoso ou, ainda, abscedar drenando exsudato serorsanguinolento
ou purulento. Os linfonodos regionais, distantes do ponto lesado, no geral, não
se apresentam aumentados de volume.
HISTOPATOLOGIA
Exame
histopatológico permite evidenciar a reação inflamatória caracterizada por
reações inflamatórias granulomatosas, focais ou multifocais, compostas,
principalmente, por macrófagos e polimorfonucleares. Também podem ser
visualizadas células leveduriformes de localização intra ou extracelular em
forma de charuto, pleomórficas ou em brotamento. Nas laminas histológicas de
amostras de humanos comumente observa-se a presença do fenômeno de
Splendori-Hoeppli o qual é considerado indicativo de esporotricose.
DIAGNÓSTICO
O
diagnóstico é dado pelos histórico, sinais clínicos e exames laboratoriais. O
exame citopatológico e cultura fúngica pode ser realizado a partir de amostras de exsudato, tecidos ou aspirados
das lesões. Além do exame histopatológico que pode ser feito.
Testes
de anticorpo anti-Sporothrix pode ser realizados sendo os mais comuns os testes
de soroaglutinação do latéx, fixação do complemento, imunodifusão e imunofluroscência indireta.
DIAGNÓSTICO
DIFERENCIAL
Deve
se descartar outras infecções granulomatosas, inclusive a leishmaniose
tegumentar equina; granulomas por corpo estranho e neoplasma.
TRATAMENTO
A
esporotricose equina deve ser tratada com iodetos. Recomenda-se3,8 o emprego de
solução saturada a 20% do iodeto de sódio, por via endoflébica (20-40 mg/kg),
em venóclise lenta por dois a cinco dias e, então, per os, diariamente, até a
cura. A congênere solução com potássio pode ser utilizada, oralmente, a 1 a 2
mg/kg, BID ou SID, por sete dias e, a seguir, em metade da dose, SID. Em casos
que necessitem de protocolo heterodoxo, recomenda-se, sempre refletindo sobre o
custo do tratamento, o emprego de itraconazol, na dosagem de 3 mg/kg, BID.
CONTROLE
As
formas de controle e prevenção da esporotricose devem ser baseadas na adoção de
medidas higiênico-sanitárias visando reduzir os riscos de transmissão do agente
para outros animais e humanos. Assim, os animais doentes devem ser mantidos em
isolamento e tratamento até a total cura clínica. Alem disso, deve-se limitar o
acesso de animais sadios e doentes a ambientes externos, evitando assim o
contato com outros animais e com o ambiente que poderá estar contaminado com o
fungo.
REFERÊNCIAS
Aula
micose subcutânea e Sporothrix schenckii.
http://pt.slideshare.net/catarinaleao/aula-micose-subcutanea-e-sporothrix
Artigos:
LARSSON.
Esporotricose.
PREFEITURA
DE PELOTAS. Esporotricose.
Obs.: As referências não estão segundo a ABNT.
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